Digam
o que quiserem dela. Sim, tem umas quantas saídas infelizes. Mas a
garota sabe escrever sobre o assunto e arruma as palavras como ninguém.
O amor total requer paixão e exclusividade, porque o que tens com Aquele
que amas, não queres nem consegues ter com mais ninguém. E quando
praticas esse tipo de amor, ele expressa-se de uma forma emocional
profunda, o que faz que nada nele seja mecânico e nunca exista um
momento de ausência. É estarmos lá inteiros, de corpo e alma, de carne e
de espirito, de cabeça e de coração. E se temos a sorte de viver esse
tipo de amor, tudo bate certo: o cheiro, o sabor, o ritmo, a pele. E
tudo o que fazes ao outro é bem feito e perfeito, na linguagem infinita
que é dar e receber prazer.
Eu acredito no amor total, ainda que a
vida me tenha ensinado que é muito raro. E acredito que não é apenas uma
questão e sorte, mas de construir a boa sorte.
Agarrá-lo quando aparece, saber reconhece-lo, e a partir daí, cuida-lo e
cultiva-lo como um jardim secreto, porque um dos trunfos de um amor
total é saber mante-lo na intimidade. Numa época em que tantas pessoas
se deixaram contagiar pela compulsão de partilhar cada momento da sua
vida, saber guardar um amor destes é um desafio. Por isso escrevo sobre
isto, porque é importante saber calar, saber guardar, saber esperar,
saber ouvir o outro, saber dar-lhe tempo e espaço, mostrar-lhe que pode
confiar em nós, não apenas por todo o amor que lhe temos, mas porque o
sabemos preservar.
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