E agora...

Ele está no avião. Prestes a descolar. Eu? Não sinto nada. Quero muito que ele venha. Quero mesmo muito estar com ele, mas o medo não me deixa sentir. É como se tivesse drogada. Amestesiada até. É tão dificil de explicar. Ás vezes sinto estou a começar a sentir algo. Uma emoção qualquer: alegria, euforia, excitação. E num instante se vai. Como se o guarda Superego, com a porta do Id meia aberta se vira-se: eh, então? Mas que é isto? Já não te disse que não podes sair daí? Mas que coisa. Teimoso." 

E num ápice volto ao vazio estável. Muito estranho mesmo. E ainda mais para mim, aque carrego sempre com o coração fora peito. Perto dos butōes de punho, até. Isto foi desde a cena com o bófia. Mas pronto. Vamos lá dormir, que amanha é outro dia e tenho que o ir buscar ao aeroporto. 

Confusa...

Hoje, como quase todos os domingos, a minha avó Alda ligou-me. 

A minha avó não tem internet nem tem smart phone. A minha avó tem um mobile do tempo da maria caxuxa. A minha avó não sabe o que é um app. Alguém me pode explicar como é que ela me fez uma chamada pelo Viber? Estou aqui a pensar nisto desde as 2 da tarde e ainda não percebi.