Ficamos tanto tempo sem nos ver a 3D. Só através do skype, exporadicamente.
Gosto de me lembrar daquele dia em que estavas um pouco mais
nostálgico e comentaste de como o meu cabelo tinha crescido. Tenho saudades de
quando punhas as mãos na nuca, me puxavas os cabelos com força enquando me
beijavas loucamente.
Dentro de mim reside a certeza de que estando tu, no mesmo “emotional
frame” que eu, isto tinha sido uma coisa para além de fenomenal. Ninguém nos
separava. Mas já diz o ditado, Deus escreve certo por linhas tortas. E o que
tiver que ser serà.
Guardo-te aqui dentro, numa caixa de papelão com um enorme
laçarote vermelho acetinado. Là dentro guardo a cor dos meus sonhos contigo.
Todas as viagens não realizadas, todos os jantares ainda não partilhados. Todas
as conquistas que quero celebrar contigo e mais ninguèm. Quardo
là dentro um “(…) amor perfeito, que me dá a mão na rua, que me abraÇa no meio
de todas as praÇas me leva para a cama sem hora marcada. Guardo la dentro o teu
sorriso enorme, a tua gargalhada ensurdecedora. Guardo lá dentro todos os
momentos vividos e outros tantos por viver. Quando olhavas para mim me fizeste
sentir “uma fábrica de borboletas no estômago e tenho vontade de rir e de
chorar ao mesmo tempo, porque sabes fazer-me a pessoa mais feliz do mundo.” ***
Aquele beijo.
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