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Wednesday 23 September 2015

Daqueles dias...



Há dias que não sei realmente o que fazer á minha vida.
Vim para Vancouver há cerca de 7 anos e meio com o meu ex. Quatro anos depois, não me senti feliz. Fiz as malas e comecei uma vida nova sozinha no centro da cidade. Não tenho ca família nenhuma. Só eu e aqueles que com quem escolho partilhar as minhas coisas. A minha amiga Eva, a Caroline, o meu adorado Thomas. Há uma tia do meu ex que é muito minha amiga, e lá vamos passear de vez enquando. É o mais próximo que tenho de “família” aqui. A realidade é que estou cansada de aqui estar. Quero muito ir-me embora. Tenho saudades dos meus pais, dos meus avós, dos amigos, da minha cidade. A carreira n#ao anda grande coisa. Vida de emigrante n/ao e facil, deixa-me que vos diga. Trabalho que nem uma cadela. Vou a escola e aposto na formação o mais que posso.
No verão passado quando fui a Portugal, apaixonei-me pelo Ursinho. Um British assim para lá de fenomenal. Tivemos uma coisa há distância até há bem pouco tempo. Em Julho ele veio cá passar uns dias. E tirou-me o chão. Ali a sobrevoar a Gronolândia, sem dar conta, engulir um iceberg. Veio frio. Gelado. Atè hoje, o mais balde de àgua fria da minha vida. A realidade è que ainda não recuperei disto. Pensei que não tinha que procurar mais. Que finalmente tinha encontrado aquela pessoa com quem ia envelhecer, sabem? Mas ao que parece, ainda que involuntáriamente levou-me na maionaise… Plantou uma semente da qual não tinha intensões de regar. E eu fiquei aqui, sozinha, a tentar apanhar as peças do puzzle. Sinto presa no “aftershock” de um tremor de terra. Não o odeio, perdoei-o, mas a ferida ainda não sarou completamente.  
Uma tristesa enrome invade-me de tanto em tanto tempo. Pergunto-me o que fazer a minha vida, e não sei bem. Tenho vontade de arrumar as malas e ir-me embora daqui. Uma das opções é Londres. Não, não porque ele está lá. Mas porque tenho lá família, e faz sentido. É o concretizar de um sonho, visto que sempre quis viver em Londres. Mas ao mesmo tempo tenho medo… Também tenho isto do meu acidente do carro pendente. Mas acho que assim que receber o dinheiro do seguro me vou pro UK. Penso nisso e sinto que é o correcto. Faz-me sorrir as possibilidades que fervilhão na minha cabeça.
Estou cansada de aqui estar sozinha. Fazer tudo sozinha. Vida de emigrante pode ser muito solitária, acreditem. Os homens aqui não valem um chavo. Eu não sou de andar a dormer com este e aquele. E tenho dificuldade de “connect with people”. Eu sei que não sou perfeita. Sei que muito destes sentimentos são culpa minha porque podia dar a volta a coisa, mas ás vezes e mesmo complicado.
Enfim. O desabafo de hoje. Cheira-me que dentro em breve estarei na Europa…

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