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Thursday 24 September 2015

Mais um desabafo



Ás vezes ainda dou por mim a tentar imitar o teu “Britsh accent”.
O coração treme de cada vez que oiço o meu colega Irlandes dizer “Cheers”.
Por vezes, fecho os olhos e oiço a tua gargalhada estridente, como aquela de quando fomos ver o Lumber Jack show na Grouse Mountain. Rias-te como um miúdo pequenino. Eu não achei piada nenhuma aquilo, e apesar de estar tão magoada contigo, nesse momento consegui sentir-me feliz. Porque tu estavas feliz. Não sei realmente como me aguentei aquela semana contigo. Penso muito nisso, e juro que não sei de onde consegui tirar forças.
Tenho tantas saudades tuas. Do que vivemos. E do que não chegamos a viver. Como é que é possível sentir-se saudades do que nunca se viveu.
Pergunto-me muitas vezes o que me trará o Universo em termos emocionais? Estou agradecida por tudo o que vivemos, não me interpretes mal. Por me teres feito sentir todas aquelas coisas, e por os momentos que vivemos e as coisas que partilhamos. Mas há dias que não consigo fechar a porta ao sentimento de dor e injustiça. Eu compreendo que ainda a ames. Tal como eu ainda sinto o que sinto por ti. Eu sei que não sou como ela. Que não sei o que ela sabe, que não tenho o sucesso professional dela. Porque eu sou eu. Sei outras coisas. Tenho o meu valor. E vejo que tu não viste isso. Não somos todos iguais. Não temos todos as mesma vivências e condições socio-económicas. Eu nasci numa família humilde e trabalhadora. Sempre vivi com muito amor. E não sou um crânio do Marketing nem dos vinhos e não estou na Oxford a tirar um mestrado em estudos Humanitarios. Sou o que sou, e para ti não foi suficiente.
Enfim… hà dias melhores que outros. Hoje não è um dos melhores dias.

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