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Tuesday 10 November 2015

Era uma vez um governo... (a minha humilde opiniao)!

Este ano votei pela primeira vez num país que não è o meu mas que me acolheu desde 2008 quando saltei do barco “Portugal” antes que ele fosse ao fundo. Venceram os Liberais, o governo de Trudeau. Todos diziam que ele não estava preparado, mas até agora parece-me ser o mais preparado de todos os tempos. Pés acentes na terra, com um grupo governamental equilibrado e com uma grande set de “transferable skills”. Com Trudeau foi bastante fácil conectar. Foi simples ouvi-lo e sentir “I believe in what you believe”. Os outros dois, o Harper e o Mulclair surgiram nos debates e fácilmete perdiamos o tino do seu discurso. They were just not engaging. Com Trudeau, por enquanto, por aqui há esperança.

Em casa, no meu país o actual governo cai. É derrubado pela oposição. Isto tem, a meu ver, um sabor agridoce: doce, porque sai de lá o Steps e o Doors; azedo, porque vai entrar para lá um grupo (ainda mais) incompetente. O problema não é cair o actual governo. O problema é que os que para lá vão a seguir não representam de forma alguma o Portugal de hoje, as necessidades dos que, pelo correr natural das coisas, vão levar a Portugal para frente (os millennials) ou até mesmos as necessidades das gerações X and Y que agora querem viver das suas reformas e não somente sobreviver. Não representam as necessidades sociais, políticas, governamentais (e muitos mais ais) da nossa sociedade que precisa de uma grande mudança de mentalidade e comportamentos. Não são verdadeiros lideres, não são carismáticos, não são inspiradores. São velhos, cheiram a pó e a naftalina ou então a esturro. Faz-me lembrar da máxima do Simon Sinek – People don`t buy what you you. They buy why you do it. E o “Why” deste grupo, não inspira nem ao menino Jesus.

A elevada percentagem de abstenção destas eleições legislativas não demonstrou mais do que a descrença, o disbelieve, a desconecção entre o povo e os partidos políticos. A abstenção deveu-se simplesmente ao facto de os Portuguese não encontrarem nas opções que lhes foram dadas, uma na qual acreditem e com a qual realmente se identifiquem. E entre a merda, o cagalhão e a bosta, os que quiseram exercer o direito de voto, votaram na que menos mal cheirava. E agora, sai de lá a merda para entrar o cagalhão. Tenho dito!

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